Phobetor

São uivos, são gritos agonizantes de espíritos condenados a sempre repetir esse tormento. Era lamurio de enfermos e gritos desesperado daqueles que não viam a luz.

A aurora carmesim nunca fenícia, era pútrido cheiro era tóxico o vento. Tudo uma mistura de podridão, com sombras vermelhas e ar parecido com o de um reator nuclear.

Phobetor, como era conhecido na esfera do sonhar, era o Sheol, o limbo e os sete círculos do inferno, era dor, desespero e angústia. Era o prazer da luxuria e a vontade insaciável da gula.

De lá, o maior ícone do suspense e terror tirou suas inúmeras obras. Sthepen King era um dos poucos sonhadores que iam por vontade própria ao terror de Phobetor. Mas foi lá que ele se inspirou.

Também de lá, nasceu à menina que um dia aterrorizou inúmeras famílias pelo mundo com sua mística habilidade de sair pelo monitor de uma televisão, claro que foi o de terror. Pois a verdadeira ainda estava no fosso cantarolando uma antiga cantiga de criança.

Era nas paisagens distorcidas de Phobetor que diversos artistas se inspiravam, mas poucos conheciam o reino, pois diferente de seus irmãos, Icelus era um sádico conservador, permitindo em uma rara ocasião que um jovem escritor desbravasse suas terras e descer ao inferno. Esse mesmo jovem veio a chamar sua obra de, A divina Comédia.  Icelus aprovou o título.

A admiração por Dante fora tamanha que o oneiro criou sete prisões, cada uma com sua concubina Sucubbos para torturar homens pecaminosos e Incubos para as mulheres depravadas.

Cada prisão um mundo de torturas...

Cada prisão uma sala de prazer...

Cada prisão um mundo horripilante de bestas comedoras de carne...

E um mundo distorcido por um deus distorcido...

Tudo era dor...Tudo era prazer....Tudo era Pesadelos...Tudo era Icelus