Filhos dos deuses - RPG
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Mensagem por Andreas Passini Dom 20 Mar 2016, 5:27 pm

Ventos fortes sussurravam no cume da montanha cinzenta. Ela expelia suas lavas para os céus escuros de Zandrak, e tal ação levava aos presentes, a sensação de estarem numa guerra onde os sons das granadas, não deixavam de ser escutados. 

No extremo oposto da montanha,  a torre negra de basalto erguia-se imponente com a esfera vermelha que explodia em chamas como um minúsculo sol. 

Sons  de ferro batendo em ferro, de fornalhas gritando e expelindo as chamas para confeccionar armas e armaduras, podiam ser ouvidos quando se passava ao lado da torre.

Rosnados animalescos revelavam criaturas dantescas perdidas ou presas em Zandrak. Gritos de dor traziam ao lugar a sensação de sofrimento infernal. Pedidos de súplica e perdão somente aumentava essa sensação.

Mas, lá, em Zandrak também existia o brado de excitação, de alegria pecaminosa onde uma plateia degenerada se divertia com a morte de lutadores etéreos, e alguns, reais, pois até mesmo no sonhar, existe forma de vida. 

Entre Otreas, a torre de basalto e Mideas, a montanha que nunca dorme, o glorioso sem glória se elevava com imponência naquela terra cinzenta e caída em putrefação, lá se erguia o templo da carnificina, lá erguia-se  o Coliseu de Zandrak. 

Era majestosa a construção, era a cópia perfeita do Coliseu dos Césares, o estádio da matança que  possuía todas as suas entradas laterais, todas as suas "janelas" arredondadas e também, o pátio onde os gladiadores se matavam.

Mas aquilo, era apenas a visão que tinham os espectadores, a plateias pútrida e deformada de demônio Elficos e Succubos tão belas e mortalmente sexy. Abaixo, a sala dado aos gladiadores, o Apogeu, palco onde os lutadores e atores desse espetáculo da morte, se preparavam para seu fim ou para sua glória. 

Lá, dois semideuses enfraquecidos; um por punição e outro por escolha própria, se preparavam para se enfrentarem. 

―Ande, Ande seus porcos.!!!  

Barath, o demônio de feições Elficas apodrecidas, rosnava suas ordens. Eles vestia-se com armaduras negras e chamuscada como o metal queimado por horas e uma espada prateada quebrava aquele breu. 

― Balial!!! Mova-se para o elevador. 

Gritou Gor, uma Sucubbo guerreira. Ela simplesmente não usava nada além de uma espada embainhada num cinto de couro exibindo um estonteante corpo escultural, asas de morcego e um raio negro com ponta de seta. 

―Agares!!! Você também, ande pois Barath necessita apenas de um campeão!!! 

Assim eles foram. Cada um no extremo oposto do campo de batalha. A plateia urrou em saudação gritando o nome de ambos. 

―Lutem!!!!!!!

Nada foi dito, apenas o grito da plateia. 
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Mensagem por Levi Magna Seg 21 Mar 2016, 8:10 pm

A pouco tempo sua morte foi confirmada com uma flecha em seu pescoço, colocando em óbito, agora encontra-se no meio do coliseu próximo a uma luta entre semideuses, nada fazia sentido mesmo. No começo presumiu estar no próprio inferno, em uma área de guerra e morte, graças aos sons de hostilidade.

Manifestou do breu graças uma voz de um demônio, seus olhos estava levemente entreabertos e conseguiu ter resposta do seu corpo ao mesmo tempo que começou a sentir ele de novo. Junto com isso veio as dores, logo o cansaço e quando foi capaz de passar a mão em seu pescoço não havia uma flecha. Apenas uma cicatriz com um pouco de sangue, então se ergue no susto garfando ar de maneira agoniante e com força.

Semelhante ao acordar assustado com falta de ar quando está dormindo. Aos poucos é capaz de respirar normalmente, tendo agora uma dificuldade em pronunciar sem sair um tom baixo. Depois de se estabilizar, conseguindo levantar sem desabar ou se desequilibrar, o jovem começa a reparar melhor no ambiente, analisando e deduzindo que é igual a contos que já presenciou, mas até o momento não entende onde está.

Em pouco tempo foi arrastado para dentro do Coliseu contra sua vontade, tal ato o deixa inconformado e simplesmente só não reage por saber que isso teria consequências e também naquele instante não está portando nenhuma arma para se defender. Depois ignorou o nome que foi dado pelo demônio, não importando o valor que o apelido possa ter, se concentrando na batalha que vai travar.

Antes foi trajado com uma armadura negra que ardia, Yves sente estar em um forno ambulante, demonstrando suor e ao mesmo tempo foi dado uma espada para a batalha. Infelizmente uma pena que não foi o arco, porém ele treinou luta corpo a corpo, para uma ocasião, caso possa perder seu arco. Ao entrar na arena sequer cogitou lutar contra um aliado que viu dar tudo de si na guerra, por um minuto acreditou que seria seu parceiro de combate.

Contudo o filho de Apolo tinha que respeitar seu oponente, ainda que sua intenção não era lutar e muito menos satisfazer prazeres de demônios. Mas ninguém vai sair daquele lugar sem competir e para Yves aquela briga é superficial sem qualquer lógica, já que seu objetivo não é ter glória ou fama. Antes de chegar ao centro da arena, ele retirou toda sua armadura, jogando ela para longe e só permanecendo com a cota de malha. A única vantagem do jovem é sua flexibilidade e reflexos, com a armadura só vai ter mais desvantagem nessa briga.

Boa sorte e que vença o melhor!

Essa foi a única frase que ditou a Zaidan de maneira rouca, nem mesmo os gritos dos demônios chamam a atenção do Yves, apenas analisa o oponente e fica em uma posição defensiva, agarrando com as duas mãos a espada e colocando ela reta na direção do filho de Zeus. Na estratégia de analisar seus movimentos e prever alguma brecha em seu ataque, provavelmente não vai ser ele que vai atacar primeiro.
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Mensagem por Marcel Zaidan Qua 23 Mar 2016, 9:58 am

Quando o breu deu lugar a uma paisagem em tons pasteis, via-se um coliseu majestoso, como os das antigas escritas gregorianas, um barulho ensurdecedor, o lugar onde Zaidan fora colocado era nojento, sujo, via-se ratos devorando partes de corpos dilacerados, do cubículo onde fora jogado ele podia ouvir os gritos de uma multidão em delírio e aguardando ansiosa por um espetáculo, ainda não havia entendido o porque estava ali e quem eram aqueles seres, mas tinham a impressão que logo descobriria.
 
Do canto mais escuro e fétido surgiu uma voz pronunciando um nome que fora me dado pelo Demônio Barak - Balial!, mova-se... – esse era o começo da dura pena que teria que pagar - Esse não é o meu nome! – Em minha mente lembrava-me do motivo de estar nesse lugar e me enchia de raiva, um dia iria retribuir o favor, ao longe conseguia ver o filho de Apolo que era preparado para um combate, deram a ele uma armadura surrada, pesada e uma espada.
 
De certa forma Zaidan sabia o que o esperava, sabia que teria que lutar com o filho de Apolo para provar que era digno de confiança de Phantasos e poder voltar e ajudar a encontrar as três divindades desaparecidas e também recuperar os seus poderes, agora ele teria um caminho um pouco mais complicado, pois não desejava lutar com possíveis aliados, não gostava de idéia de lutar com pessoas que sofreram injustiça, não tinha nada que o motiva-se a lutar contra alguém que não fez nada contra ele, a dúvida o consumia, mas isso não iria fazê-lo desistir de alcançar o seu objetivo e sua vingança.
 
Também foi entregue a Zaidan uma armadura, nojenta, toda ensanguentada e uma espada sem corte, cheia de dentes, ao entrarem na arena a multidão gritava os nomes que foram dados a nós, lembrei nesse momento do delírio com o meu avô, ele havia pedido para eu ser forte, lutar, nunca desistir e aprender com os meus erros, não subestimar o meu adversário e lembrar que sempre pode ter alguém mais forte, mas que eu sempre podia contar a minha inteligência, que eu só precisava pensar antes de agir e seria isso que eu iria fazer. Se para conseguir sair daquele lugar e ter minha vida de volta, eu teria que matar e morrer naquele lugar, que pelo menos fosse honrando a memória e os ensinamentos do meu avô.
 
O filho de Apolo me desejou sorte, naquele lugar sorte era o que menos importava, nossos destinos estavam traçados e a única coisa que podíamos fazer era lutar, literalmente, para conseguir mudar, pois as condições para sairmos dali estavam impostas, teríamos que lutar pela nossa vida e provar, cada um a sua maneira, que éramos valorosos e que merecíamos a confiança do senhor de Phantasia.
 
Ali a frente do filho de Apolo estava Zaidan, porem ele possuía aquele brilho no olhar, um fogo dentro de se, que faz com que coisas grandiosas aconteçam, não sei ele, mas Zaidan não estava me importando com as consequências finais daquele combate, apenas queria ganhar a confiança e mostrar seu valor aquele que o julgou e condenou a esse "castigo" de forma injusta, só sabia que se morrer naquele lugar não estava nos seus planos, todas as respostas que buscava e o destino que foi traçado não seria realizado caso isso acontecesse e não deixaria isso acontecer, iria passar por cima de tudo e de todos e teria a minha vingança.
 
Zaidan se colocou em posição de ataque, parou e analisou a postura do jovem, ele havia tirado a armadura, pela postura dele percebi que não tinha muita experiência em luta corpo a corpo, talvez por sua descendência, o tipo de luta dele seria mais a distância, e tirar a armadura com a intenção de ganhar maior mobilidade e flexibilidade seria uma boa estratégia, o problema é que ficar desprotegido naquele momento não era uma boa idéia, ainda mais porque não saberia se seu único adversário seria somente eu, já entendia que podíamos esperar qualquer coisa naquele lugar.
 
Zaidan analisou o terreno, era arenoso e com algumas pedras soltas, isso faria eles cansarem mais rápido, por isso ele foi se aproximando aos poucos, não disse uma palavra sequer, apenas olhava fixamente o seu adversário, não queria tomar nenhum ato precipitado, fez dois movimentos laterais com a espada para ver como estava a defesa do filho de Apolo, ele os defendeu, mas pude perceber que tinha dificuldade para aguentar golpes mais pesados. Zaidan ficou fazendo movimentos leves em direção a ele, como um lutar de boxe, ficou medindo a distancia, provocando, chamando-o para atacar, mas sem dizer uma palavra, apenas esperava uma oportunidade para acabar com aquela luta injusta, não queria e não iria matá-lo se tivesse a chance, mas não podia perder a chance de provar sua técnica e seu valor.
 

Girei a espada atacando-o, misturava técnicas de espada e luta para poder confundir-lo e atacá-lo em pontos fracos, ele fez um movimento com a espada tentando acertar meu abdômen, porem ele deixou seu braço desprotegido e o acertei um golpe com a espada, a mesma não o cortou e sim rasgou sua pele, dilacerando seus músculos e fazendo o sangue jorrar. Nesse momento parei e esperei para o contra golpe dele, não queria causar dor e sofrimento a ele, e ver o que tinha feito em seu braço me causava dor, aquilo para mim era cruel, aos poucos percebi minha mente sendo moldada a não sentir remorso, começava a entender que o sinônimo de amar é sofrer, e a dor que sentia vendo a dor que causava a ele me deixaria mais fraco e venerável, tinha que aprender na minha fraqueza se bem mais forte e vencer.
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Mensagem por Admin Seg 28 Mar 2016, 3:41 pm

De seu trono Barath observava seus guerreiros na arena, cada um com a sua maneira, enquanto esperava o confronto começar era servido em uma taça negra com um liquido escuro por outra Sucubbos, ela trajava peças minúsculas, suas asas estavam intencionadas para trás ficando quase invisível, aparecendo apenas quando se curvava.

No coliseu os gritos e uivos apenas aumentavam com a expectativa de ver um massacre acontecer, assim que os oponentes adentraram a arena todas as criaturas urraram em deleite, apesar de todos verem aqueles competidores como demônios, Barath os via como eles eram dois semideuses, fracos que precisavam aprender uma lição.

Esta era a ordem passada para ele, apesar de ser algo irritante Barath gostava de usar isso para infligir dor e sofrimento, afinal ali era Zandrak! Reino das perdições, quando os dois se olhavam, como se analisassem o que fariam a seguir, algo inusitado porem não surpreendente aconteceu.

Viu um dos jovens que trajava a armadura negra, a pouca proteção oferecida, não para que se protegesse mais para que o duelo durasse por mais tempo, com sua espada em mãos removeu a armadura negra, ficando apenas com a malha de metal, muitos faziam, aquilo após alguns minutos de confronto, achando que se remover o peso pudesse de alguma forma adquirir uma vantagem, mais como muitos ele iria se arrepender por esta escolha.

Um sorriso se formou nos lábios de Barath revelando suas presas com satisfação, o ar era quente e seco, causando dor aos que não estavam acostumados aquele ambiente, no centro da arena o que estava sem a armadura fica recuado, a uma distancia que a espada de seu oponente não o alcance, mas permitindo uma aproximação rápida caso seja veloz o suficiente.

Erguendo em direção ao oponente segurando com as duas mãos a laminada se movia lentamente talvez aguardando uma abertura, sendo semideuses, era claro que os instintos os guiariam em combate. O segundo oponente ágil de forma diferente, como se estivesse mais confiança em suas habilidades.

Em posição ofensiva os dois se olharam enquanto a multidão vaiava este por sua vez mantivera sua armadura, a arena não era uma área limpa e vantajosa para os lutadores, havia lugares que poderia ajudar e outros que poderia acabar com eles, como paredes, trincheiras, rochas, e outras armas afastadas do centro da arena.

Com dois movimentos laterais bateu sua espada na do oponente sem armadura, após isso os dois se analisavam nada poderia ser feito sem haver uma consequência, Barath se ergueu de seu trono, os dois não pareciam exatamente motivados a batalhar, seria necessário dar um incentivo.

― ATENÇÃO! ― Chamou a atenção de todos para si até mesmo dos semideuses.

― Vocês estão em Zandrak, aqui tudo é permitido, desde que lute pelo que quer, se desejam viver e retornar ao que eram, precisarão vencer, infelizmente apenas um  vai restar, o confronto não precisa ser justo, mas de forma alguma pode ser entediante, se acontecer os dois morrem fui claro!

As criaturas gritaram e bateram os pés em excitação e alegria.

― Que o confronto continue!

Se sentou no trono de pedra preta tom de grafite, olhando para a arena satisfeito.
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Mensagem por Levi Magna Ter 29 Mar 2016, 7:01 pm

Desde o prelúdio a vontade que o semideus produz é mínima naquele entrave, revelando uma passividade que dá a impressão que o filho de Apolo possui e apenas continua com aquela batalha por sobrevivência. Mas ao mesmo tempo uma sensação estranha fazia quase perder o apego pela vida, ao relembrar seu passado e sua vida atual, não havia sentido em continuar batalhando cada vez que refletia.

Seu corpo aparenta pesado naquela arena até sem armadura, por um pequeno breve momento queria desistir e ser morto para conseguir a paz que tanto busca, até que seus orbes cintilam bruscamente para uma tonalidade escarlate, que permanece por um pequeno período de tempo, voltando a pigmentação esverdeada. Alcança o ápice do despertar, quando o seu ódio começa a regressar em si mesmo, revelando que só conseguia viver daquilo.

No momento que acordou da morte, constatou que em seu interior quase havia perdido a sua motivação e ela é a vingança que o faz sobreviver hoje em dia. E até essa altura, parecia que estava dormindo ou inativo. Agora Yves começa a se mover, se fixando só no Zaidan, o discurso do demônio ou a agitação dos demônios nem sequer prendeu a atenção do jovem. 

Ele optou a ignorar para não ter sua concentração abalada ou ficar desesperado, uma arte jamais pode ser apressada. Imediatamente se aproxima de Zaidan, com uma mão segurando firme a espada verticalmente, antes ela estava horizontalmente na direção do oponente.

Ao chegar próximo do inimigo, o filho de Apolo fica dando voltas ao redor do filho de Zeus, em passos longos e muito rápido, quase parecido com passos de caranguejos, ao tempo que em algumas vezes simulava um ataque, para ver a reação do Zaidan também. O jovem circulava em direção horário e vezes anti-horário, como também finge ir circular para um lado e vai para o outro. Ao tempo que é cuidadoso em ver se existe algum obstáculo que possa atrapalhar em seu movimento.

Mas na maioria ele estoca ou corta lateralmente, com intenção de pressionar a presa ao erro ou desespero. Como defesa o Yves usa a espada ou seus reflexos para se esquivar ou usar um contra-ataque ágil, em casos de necessidade vai pensar no uso do rolamento para não ser atingido fatalmente.

Sua intenção é oprimir não de maneira precipitado e sim estrategicamente com calma. Assim atacando até por baixo, usando a areia para deslizar e pegar seu rival desprevenido. Quando sentir que um assalto pode ser complicado ou sair pela culatra, vai apenas ameaçar e só volta a investir em segurança. Tal posição pode servir também para o adversário ter dificuldade em me acertar, além de aproveitar ao máximo dos reflexos.
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Mensagem por Marcel Zaidan Seg 04 Abr 2016, 5:13 pm

Em meio aos devaneios de Zaidan e sentimento de traição a seus princípios ele ouviu a voz daquele demônio que os obrigavam a lutar, ele intervinha na luta incentivando e deixando o aquele público fétido em êxtase, reforçando a mensagem que só um sairia vivo e que senão lutássemos algo mais sério aconteceria conosco, era difícil para Zaidan imaginar algo pior que aquele lugar.

Deixou as palavras do demônio de lado e se concentrou novamente na luta, Yves parecia mais atento aos meus movimentos e aos dele próprio, não queria que aquela luta tivesse um fim trágico, mas para recuperar os seus poderes e conseguir concluir a missão que Atena havia lhe ordenado ele teria que dar um fim naquela luta que só servia para agradar o ego de um demônio.

Cercava Yves, dava um passo para o lado e girava a espada por volta do corpo, Zaidan se colocava ao lado dele. ― Desculpe-me Yves, mas preciso terminar com esse luta, tenho uma missão e uma vingança para cumprir, tenho a impressão que seríamos bons amigos em outras ocasiões. ― O filho de Zeus começou a atacá-lo cada vez mais rápido, o corpo de Zaidan pareceu se adaptar naquele ambiente e lembrei dos movimentos  dos soldados de Phantasus.

Zaidan pareceu voltar a lutar como no começo da batalha no acampamento, com movimentos precisos, e mais rápidos e sempre pensando no próximo golpe ou contra golpe que poderia tomar, não estava mais lutando só por impulso, lutava agora como seu avô havia lhe ensinado, sempre pensando no movimento seguinte, como num jogo de xadrez.

A luta parecia agradar aos espectadores que agora vibravam a cada movimento, às vezes conseguia ver o demônio se esbaldando com um líquido que acreditava ser vinho e as gargalhadas, mas como não podia parar e observar deixou seus pensamentos e atenção apenas no filho de Apolo, cortava, girava, de cima para baixo e de baixo para cima, atacava de forma que se domina todos os espaços, sempre um passo de cada vez, usava além da espada, os golpes com pernas e braços, deferindo chutes e socos.

A luta já tinha durado mais do que Zaidan pretendia, ele pensava em como iria fazer para dar fim aquela luta, pois a cada movimento assertivo sua consciência o feria por dentro.

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Mensagem por Admin Seg 04 Abr 2016, 10:36 pm

Barath esperava que um ótimo confronto se desenrolasse com suas belas palavras de encorajamento, mais o que ele presenciou foi apenas dois moleques agindo como dois filhotes de harpias, do seu trono ele observou os dois na arena, como se o que tivesse falado tivesse entrado por um ouvido e saído por outro.

Ele viu Balial se aproximar de Agares com a espada, achando que veria ele cortar um membro ou decapita-lo mais para seu desprazer ele apenas fazia investidas curtas testando e conhecendo seu oponente típico de semideuses, apesar de toda a dança os dois ficavam no centro da arena, enquanto a multidão vaiava e jogavam pedras, e coisas podres neles, aquilo estava indo de mal a pior.

Barath não podia permitir que as menininhas ficassem só conversando, e dançando na arena, todos estavam ali para ver, dor, sofrimento, sangue e desmembramento, é não era isso que estava acontecendo, então estava na hora de colocar um elemento inesperado em jogo, pelo menos para os oponentes na arena.

O demônio chamou a Sucubbo, que se aproximou, ele falou algumas coisas em seu ouvido enquanto sorria, ela balançou a cabeça e desapareceu no corretor, instantes depois reapareceu, Barath se levantou do trono, com sua taça de metal bateu na amurada mais alto que pode chamando a atenção de todos.

― Meus convidados, peço desculpas por este empate tão vergonhoso, para compensa-los, irei aumentar ainda mais nosso divertimento... Prestem atenção!

Ergueu os braços, e do meio da arena, uma abertura se abriu em uma forma de círculo, dela subia um tronco preso a ele estava um garoto loiro, com suas mãos algemadas.

― Este jovem seria nossa próxima diversão, mais por que esperar! Então o trouxe aqui para o deleite de vocês... Mais não é só isso. Abram os portões!

De dentro dele um enorme vulto fez o chão tremer antes de revelar sua forma, muitos poderiam pensar se tratar de um gigante, mas não era o caso, aquele diante os olhos de todos era um ciclope com apenas um único olho, possuidor de uma poderosa força, mesmo com sua aparência grotesca com dentes tortos e mãos calejadas, eles podiam dizer que eram artesões, trabalhadores das forjas de Poseidon e Hefesto, mais ali estava um preso juntamente com mais uma tonelada de seres dos mais diversos tipos.

― Lhes apresento o ciclope Artébrom, funcionário capturado de Hesfesto, a missão dele será matar todos em seu caminho, o prêmio? Este jovem suculento, que está pronto para ser devorado, Lembrando que não a alianças, é cada um por si, que os jogos comecem!

Barath sorria olhando para Balial e Agares, enquanto o ciclope ainda era segurado por grilhões pesados, ele urrava segurando seu porrete. O demônio fez um sinal, e as algemas foram soltas.

― Que a carnificina comece!

Todos ficaram loucos nas arquibancadas de pedras esperando o divertimento que iria presenciar.
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Mensagem por Levi Magna Qui 07 Abr 2016, 8:07 pm

O entrave causa repúdio aos torcedores que contemplam o show naquele Coliseu distorcido, tudo é irrelevante para os demônios e muito menos para Barath. O jovem discorda daquele jogo descartável para o divertimento dos peões de Phantasus, mas ir contra a esses demônios inúteis, deve ser uma afronta ao Deus. É verdade que a batalha está banal, apesar de ser essa a estratégia do filho de Apolo, ele está evitando um combate difícil, com uma luta repetitiva e irritante. Um esforço fútil na intenção do duelo não ser árduo, já que normalmente ele é passivo por um único motivo justo.

Yves não consegue se segurar em nenhuma luta, quando começa a sentir uma excessiva adrenalina de uma disputa, só acaba quando seu adversário está morto ou caso for morrer. Quantas vezes chegava no Chalé de Apolo com ferimentos graves depois de um simples combate de treinamento, ao qual recordava lesão de guerra e no final suportava sermões grandes de sua irmã Lauren, ao mesmo tempo que recebia assistências dela de seus machucados. Até o momento o jovem aproveita golpes de provocações, sem querer entrar em uma luta complicada ou intensa, para não ir longe demais, isso por que no começo de uma luta ele consegue se controlar, tudo vai se perder quando começar a ir muito longe.

Porém houve consequência por manobrar um método tedioso naquele Coliseu sedento por sangue e movimentos sensacionais. Nisso percebe o movimento no centro da Arena e sem tirar muito os olhos de Zaidan, começa a descobrir que é apenas um rapaz loiro e comum acorrentado, só por um instante analisou o gladiador preso, em seguida voltou a continuar a luta com Zaidan. Quando outra surpresa surge naquele antro pitoresco, fazendo uma entrada perturbadora com o chão tremendo e causando um mau agouro ao filho de Apolo.

Em pouco tempo o monstro aparece diante de todos, tomando a atenção de Yves que em puro instinto realiza um salto para trás pelo susto tomado. Quando Barath sorriu para os dois semideuses, o garoto tocou o próprio semblante com sua mão, não acreditando nesse ato retardado do demônio e no ato de provocação ele soltou uma risada, debochando do Barath.

A que ponto o desespero afeta esse demônio, por não ter controle de nossas ações. Mas se é um grande feito que deseja, pretendo saciar sua sede por sangue.

Zaidan, por causa desse Ciclope, vamos ter que adiar nossa luta.

No primeiro minuto pensou, para logo se direcionar ao semideus sem um sorriso e se portando mais sério com ele. O jovem não conseguiria lutar sabendo que tem o Ciclope ao seu lado, ao qual pode ser fatalmente ferido por ele. Então ele vai se afastando do Zaidan devagar, enquanto avistava ele, tendo a espada em mãos, isso para não ser atacado de surpresa pelo filho de Zeus. Quando foi capaz de ter uma distância razoável, foi na direção do oponente maior, porém antes de avançar no monstro, o garoto olha o ambiente ao redor, para usar algo a seu favor e sem demora atinge esse feito, adotando uma estratégia.

No meio do caminho, alcança um escudo que não seja grande e encaixe perfeitamente em seu outro braço. Todavia pega pedras que foi atirada pela torcida e começa a disparar na direção da besta para provocar, atraindo o monstro para onde o Yves estava indo. Que é próximo de uma trincheira, o jovem deu a volta na barricada esperando o Ciclope, enquanto atira pedras e até armas no inimigo grande, além de usar provocações e xingamentos. No momento que a aberração permanece próximo da Trincheira, Yves começa a jogar tomates no único olho do oponente.

Tal comida foi pega quando estava andando na direção do buraco, ao qual também foi jogado pelos demônios, o pior para besta é que o tomate estava com a areia do solo. O objetivo é dificultar muito a visão dele justo quando está para pular, atravessar ou fazer um retorno a barricada, causando um ato involuntário nele e assim escorregando para a Trincheira. Se essa ação ocorrer, vai aproveitar que o monstro está se recuperando, com a finalidade de pular na direção de seu olho e cravar bem forte a espada naquela posição.

Depois de cravar a arma, em um ágil movimento salta longe do Ciclope, na vontade de não ser atingido ou jogado longe pela criatura e deixa a espada em seu orbe. Em todo movimento vai se certificar de estar um intervalo de espaço entre a aberração, para ter tempo de desviar de algum intento dele, sempre atento com seu escudo, na intenção de defender qualquer coisa inesperada.
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Mensagem por Marcel Zaidan Qui 07 Abr 2016, 10:16 pm

A luta seguia de forma moderada, eu mantinha distância moderada do filho de Apolo, não podia perder seus movimentos, a plateia daquele show de horrores estava insatisfeita com a luta e começaram a jogar pedras e alimentos podres, na tentativa de dar um fim na luta, tentava me aproximar de Yves, porém ele mantinha-se afastado.

Ao mesmo tempo que isso me irritava, eu entendia o porquê dele evitar o confronto direto, o demônio Barath percebendo essa estratégia e forma de lutar e a insatisfação do público, resolveu novamente interferir na luta acrescentando mais elementos naquela, apareceu no meio do coliseu um rapaz jovem, loiro, acorrentado, e em seguida um monstro gigantesco, um ciclope com seu porrete na mão e acorrentado por grilhões.

Yves fez uma provocação ao demônio, eu a essa altura já sabia que provocar um deus ou um demônio não era algo lógico a ser feito, porém não interferir, Yves me pediu para adiar a nossa luta e abaixei a espada, fiquei observando o desenrolar daquela luta insana de um monstro contra um semideus sem poderes, seria algo interessante de se observar, nesse momento meu subconsciente ja desejava de certa maneira que eu ajuda-se ao filho de Apolo, porem minha cabeça e a razão falavam para eu prestar atenção a todos os movimentos, não só de Yves, os do monstro, do Barath, até mesmo do jovem acorrentado, não sei o que tinha aquele garoto, mais me chamou atenção.

Qual o motivo para aquele garoto que parecia ter no máximo uns 14 anos está acorrentado e servir de moeda de troca? Qual a importância dele? Essas perguntas ficaram rondando a minha cabeça enquanto assistia a luta de Yves e do ciclope, aquele ambiente começava a me agradar, comecei a sentir prazer em estar naquele lugar e poder lutar, comecei a me afastar dos dois e fui em direção ao jovem.

Como Barath disse, sem regras, cada um por si, sem alianças, quando cheguei de frente pra o jovem senti algo de familiar nele, porém não o conhecia, com a espada e uma pedra arrebentei as correntes que prendiam o garoto, ele parecia exausto, caiu de joelhos no chão, não sabia se ele seria amigo ou inimigo, se poderia se transformar em algo ou alguém que pudesse me prejudicar futuramente, nesse lugar tudo pode acontecer, dessa forma só vi um jeito de descobrir, aproveitando que o garoto estava abaixado na posição de 4, passei o fio da espada nas pernas do garoto, não cortei muito, não o suficiente para mata-lo, apenas para frear seus movimentos.

Continuei ao seu lado ouvindo-o gritar de dor, aqueles gritos já não me incomodavam tanto, sabia que algo em mim estava mudando, talvez para isso que Phantasus tenha me enviado para cá, para aprender como homens de verdade são feitos.

Lembrei de meu avô, ele sempre falava para eu confiar nos meus instintos, que mesmo nas horas mais difíceis o meu instinto seria o que me salvaria nas horas de aperto. Lembrei de meu amigo Zac, ele sempre falava que de mim sempre podia esperar tudo e de certa forma ele estava certo.

Mesmo não tendo os poderes de um semideus eu ainda era filho do Raio e o que pode se esperar de raios? O maior problema dos raios é que nunca se sabe o que podem fazem, podem transformar a pessoa em algum tipo de bateria humana bizarra, armazenando energia, ou podem deixar a sensação constante de que a qualquer dia ele vai entrar em combustão espontânea. Como se uma bomba detonasse dentro do corpo e fizesse, bem... o que as bombas fazem de melhor.
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Mensagem por Admin Sáb 09 Abr 2016, 10:00 pm


Barath tinha armado a melhor atração que todos poderiam esperar, ele viu o ciclope ser liberado, seu grande olho observava todos nas arquibancadas, e os seus oponentes em campo, com seu porrete bateu no chão fazendo o mesmo rachar, fazendo um dos indivíduos próximo a ele saltar para trás em um ato sábio de autopreservação.

Na face de Barath o sorriso era estampado de satisfação, mas o mesmo diminuiu um pouco ao ver aquele que saltara olhar para ele e sorrir de forma debochada, o sorriso virou uma gargalhada, em seguida falou algumas palavras para o outro oponente, tolo... Mal sabia ele o os esperava seria ele a conhecer um destino cruel, se tinha a tola ideia que tinha controle de suas ações  estavam enganados, eles eram ratos em gaiolas, que poderiam ser mortos rapidamente, mais que graça teria nisso?

Barath fechou o punho encarando aquele que o provocara, com um desejo especial para ele imaginando o quanto o filho de Apolo iria sofrer, lentamente o viu caminhar de forma cautelosa se afastando do outro adversário sem tirar os olhos do ciclope que ainda parecia atordoado, tudo parecia gerar uma tensão pesada na arena, enquanto pegava um escudo o filho de Apolo, ao mesmo tempo atingia o ciclope com pedras que não fazia nada além de enfurece-lo.

A criatura por um momento esqueceu os demais correndo atrás dele descontrolado, querendo acerta-lo com seu porrete, ainda não contente em provocar acertou tomates no monstro que tentava pisar nele como se fosse uma formiga, mas o monstro não previu a estratégia dele o fazendo escorregar na trincheira, mas para o azar do filho de Apolo, ela não era funda o bastante para prendê-lo, seu tempo de reação foi lento quando a espada avançou contra seu olho, o acertando de levemente, o deixando atordoado, e balançando seus braços em todas as direções  até acertar seu agressor para longe mesmo com eu escudo em punho, enquanto tentava se colocar de pé daquele lugar.

Do outro lado o filho de Zeus apenas observava o desenrolar do confronto do filho de Apolo, Barath não havia esquecido dele, seus olhos captaram o olhar dele em direção ao garoto acorrentado é seu sorriso se abriu ainda mais, tanto que fora possível ver até mesmo suas presas, ele não sabia o que levara tal atitude, mas ele o viu correr  na direção do tronco onde o garoto loiro estava amarrado, com a espada é a pedra partiu as correntes, fazendo o garoto cair de joelhos, ela parecia cansado mais era apenas o seu papel, antes do grande show começar.

Quando o mesmo passou a espada na perna dele, viu um som metálico ecoar por seu ouvido, no lugar aonde a espada passara uma armadura apareceu, o garoto sorriu se levantando, pegando o pulso rapidamente com um aperto feroz do filho de Zeus fazendo a espada cair, a multidão foi ao delírio com tal ação, ele olhou nos olhos dele é disse:

― Achou mesmo que seria fácil assim? Você realmente escolheu a ação que parecia mais fácil, mas sinto dizer, que se enganou se achou que poderia tirar alguma vantagem.

Ainda segurando o braço dele, torceu o pulso dele o fazendo se contorcer, olhou para o ciclope e para o outro que havia sido arremessado para longe, soltando o pulso dele, socou o rosto do filho de Zeus é sorriu.

― Se me dá licença... Tenho que ensinar como se faz as coisas por aqui.

Pegando a espada caída, caminhou balançando a mesma de um lado para o outro, em sua armadura vermelho escuro, quase parecendo marrom, com detalhes e adornos dourados, sua caminhada virou uma corrida, ele desviou de três, quatro, cinco movimentos que tiraram fino de seu corpo enquanto o ciclope balança os braços.

Com uma precisão cirúrgica, o garoto loiro arrancou o braço direto que estava o porrete, a criatura gritou, é a plateia também ecoou em gritos eufóricos batendo os pés em uma só batida, o garoto ergueu os braços para  mostrar que aquilo não era nada, se aproximou do ciclope e com um golpe certeiro perfurou o olho dele, o fazendo agonizar por alguns segundos antes de explodir em poeira.

Os oponentes na arena poderia não saber o que estava acontecendo, mais  o que de fato ocorrera foi que Barath usou a névoa para ocultar a armadura do garoto o fazendo parecer inofensivo, apenas para ver quais escolhas os outros fariam sobre ele, mostrando apenas o que eles queriam ver um velho truque de mágica.

(Obs: A ação de Zaidan contra o garoto foi desconsiderada por descrever a ação de outro personagem, por tanto a ação que esta válida, é que a tentativa do corte na perna dele não foi bem sucedida.)
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Mensagem por Levi Magna Dom 10 Abr 2016, 6:16 pm

Antes do Ciclope cair em sua armadilha o jovem espreitou o ato do filho de Zeus em libertar uma figura inusitada naquele campo de xadrez, onde todas as peças estão posicionadas por Barath. Em seus orbes apenas desdenha o demônio, mantendo uma postura séria e sem sorriso em seu semblante, mesmo assim revela estar feliz em irritar o Barath.

Sua visão foca bastante na ação do Zaidan de ter em posse um jovem desconhecido, a situação toda se converte quando o incógnito inverte o cenário, deixando o Zaidan totalmente exposto e na sua própria mão. O filho de Apolo queria poder ajudar o seu aliado, mas sair daquela posição na trincheira é um suicídio, tendo a possibilidade de ser acertado pelo seu algoz.

Enquanto refletia tudo que aconteceu, foi pego de surpresa quando o Ciclope caiu na estratégia e por isso teve uma reação de última hora fraca, não chegando a ferir completamente o olho do monstro. Infelizmente esse atraso causou um dano colateral, sendo impulsionado para longe pela besta, acabando arrastado na areia e colidindo em pequenas pedras. A cota de malha impediu lesões piores, ainda assim teve escoriações e arranhões em algumas partes de seu corpo.

Yves repousa deitado no solo para descansar e recuperar um pouco de fôlego, ao tempo que analisa os movimentos irreais do loiro contra o Ciclope, percebe o quanto o poder desse ser é desumano. A criatura não teve nenhuma chance contra seu adversário, sendo devastada e tendo o único destino em virar simples pó. Ainda bem que Zaidan não teve essa sina, até revelou um alivio no final.

Por um breve momento o ruivo ostentou raiva em sua face, afinal ele que teve todo o trabalho em realizar sua tática e é outra pessoa que finaliza um Ciclope já enfraquecido. Então pouco a pouco se ergue sem pressa, sentindo certos arranhões arder, todavia aqueles pequenos ferimentos não são nada comparados aos que já experimentou. Quando permaneceu de pé encontrou uma lança quebrada, contendo no mínimo dois metros de comprimento, pegou ela já que sua espada voou mais longe do que o filho de Apolo, só o escudo conservou preso em seu braço.

Caminhando devagar vai em direção do estranho, deixando uma lacuna entre eles como prevenção e nesse ponto o ruivo começa a experimentar uma nostalgia muito antiga, já que só agora ele estava frente a frente do loiro e prestando atenção em suas feições. Por isso em pouco tempo empacou frente ao gladiador, abaixando um pouco suas armas e fazendo ele ficar exposto diante dele.

Yves empeça a ficar confuso com um monte de sentimentos passando em seu interior, ele tinha a sensação que conhecia aquele ser a sua frente, porém sequer sabia quem podia ser. Em um despertar ele volta a colocar suas armas rente a si, continuando na sua posição defensiva.

Quem é você? Tenho a impressão de conhecer tu.

A postura do jovem é esperar a resposta, para isso se porta na defesa só para não ser pego de surpresa pelo gladiador na sua frente, já que desconhece o método dele. Yves não tem intenção de lutar com um sujeito ao qual é familiar e de algum modo sente bem perto dele, mas sua vingança passa por cima de tudo e todos.

Eu não quero entrar em combate contra você, porém se me obrigar a lutar, vou até o fim.

O filho de Apolo faz um aviso brutal ao loiro, com olhos frio e fixo que nem um gavião em cima dele. Só vai aplicar sua estratégia se for atacado, ao qual consiste em deixar a lança atrás do escudo e esperar um ataque do adversário. Quando ele for investir com a espada vou tentar desviar ela com escudo para um lado e aproveitar o tempo de recuperação dele para contra-atacar com a lança numa parte desprotegida do inimigo ou que tenha fragilidade.

O broquel vai estar escondendo a direção da estocada, o assalto vai ser uma surpresa para ele. Toda a ação do semideus vai ser calculada, usando essa estratégia em momentos ideais e em nenhuma vez vai fazer menção de ser agressivo até que seja alvejado.
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Mensagem por Admin Dom 10 Abr 2016, 7:56 pm

Assim que o garoto acabou com o ciclope direcionou seu olhar para o filho de Apolo, sem se mover o viu pegar uma lança quebrada, porém longa o suficiente para manter distância do oponente, em seu braço ainda se encontrava o escudo.

A passos lentos e cautelosos o garoto loiro ainda demostravam confiança, segurando a espada o viu se aproximar com a lança, mantendo uma postura firme mais sem atacar, a deixou apenas leve tempo o bastante para perguntar quem era o garoto, e terminando dizendo que achava que o conhecia.

― Quem eu sou? Eu sou Espartacos! Lembre-se deste nome, pois o ouvirá por muitos lugares, sinto dizer que não o conheço, pois se o conhecesse estaria morto...

A postura se firmou após a resposta, como se aquela postura pudesse barrar o gladiador, os dois se encaram, enquanto a multidão gritava o nome de Espartacos, avançando alguns passos ouviu o filho de Apolo novamente dizendo não querer combater contra ele, porém lutaria se fosse obrigado, o garoto loiro gargalhou.

― É uma sabia decisão não lutar comigo, e mesmo se eu obrigasse não faria diferença você está longe de ser um desafio, esta sua postura diz tudo o que preciso saber, acha mesmo que conseguiria  algum resultado estando assim? Se deseja ver seu fim eu posso mostra-lo pra você.

Antes de terminar suas palavras avançou com velocidade, batendo com o cabo da espada no escudo o empurrando para trás, em seguida sofrendo o ataque com a lança, o fazendo saltar para o lado, antes de acertado, recuperando sua postura avança novamente contra o filho de Apolo, fazendo uma finta para a direita e para esquerda, tornando difícil prever seu próximo movimento.

Coma sequencia de finta o garoto loiro some do campo de visão do filho de Apolo parando atrás dele em um piscar de olhos.

― Você possui uma boa defesa, porém uma defesa sem ataque não serve de nada, acredito que poderia ser mais rápido que isso, mas parece um pouco cansado, ou seria melhor dizer esgotado?

Antes que tivesse uma resposta, acertou a nuca do filho de Apolo com a mão esquerda o fazendo tombar.
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Mensagem por Marcel Zaidan Ter 19 Abr 2016, 3:14 am

Ao me aproximar do garoto senti algo diferente nele, não sabia direito o que era, mas não ia demorar para descobrir, desde que fui enviado para aquele lugar, minha mente começou a funcionar diferente do costume, minhas percepções estavam mais afloradas, conseguia ver tudo ao meu redor e ainda me concentrar na luta, minha mente projetava em minhas vistas cálculos e formulas para cada movimento, como se medi-se cada um dos movimentos.
 
Ao libertar o garoto das correntes podia notar que algo de errado estava acontecendo, ao passar o fio da espada em suas pernas tive a resposta que precisava. Aquilo tudo ali não passava de ilusão, ouvi o tilintar do fio da espada na armadura do garoto, que em um movimento rápido pegou o meu pulso e torceu, senti naquele momento a força do garoto, que não condizia com sua aparecia física, senti dor, porem minha mente estava procurando respostas para aquele golpe tão surpreso. Era como se existisse duas realidades, em uma eu estava sofrendo com a dor física, na outra, mais confusa e bagunçada, aquela dor física não era o mais importante, não estava conseguindo ligar o presente momento em que estava com a minha mente, que tentava raciocinar e racionalizar tudo o que via, esse tipo de confusão era constante e comum quando eu estava no colégio, mas desde que descobri que era um semideus essa confusão havia passado, o porquê dela esta assim agora era o que eu tentava entender.
 
O garoto de forma arrogante e prepotente me golpeou no rosto, não sei se não desejava me ferir ou se a minha mente que estava mais bagunçada do que nunca, que apenas cai no chão. Antes ele havia falado que se achava que eu teria alguma vantagem em libertar ele, que eu estaria engando, mal sabia ele que eu estava jogando o jogo de Barath, mas como todo bom nerd, sempre tinha algo guardado para surpreender. Vi o garoto sair correndo com a espada que eu estava usando, se desviar de alguns golpes do ciclope e logo em seguida transformá-lo em poeira, minha mente insana percebeu que havia sim algum tipo de ilusão ou magia naquele lugar. Já tinha lutado com diversos monstros antes de chegar ao acampamento e eles tinham varias formas de morrer, porem a forma como aquele ciclope tinha morrido se fazia estranha, espetaculosa, como se fosse feita para aquela platéia ir ao delírio.
 
Lembrei dos ensinamentos do meu avô, ele sempre dizia, "não podemos ver as coisas apenas como nós são apresentadas, não só com os olhos humanos, temos que olhar mais a profundamente, reparar em cada mínimo detalhe", meu avô para me ajudar a concentrar e a superar a dislexia, me fez decorar diversos símbolos, ele falava que aqueles símbolos eram Runas de poder, não só poder físico, como mental, espiritual e de magia poderosa, e como aquilo era familiar e de fácil compreensão para mim, acabei decorando uma grande quantidade desses símbolos. O detalhe que me chamou atenção foi aquele garoto, que com soberba sobre mim, disse que havia escolhido o que parecia mais fácil, porem ele estava enganado, sabia exatamente o que estava fazendo.
 
Minha intenção era chegar próximo do garoto, o suficiente para marcar na carne dele o símbolo da runa de revelação, as runas só possuem efeitos em quem tem sangue divino, se aquele garoto fosse um semideus a runa teria seu efeito e revelaria a verdade sobre aquele lugar e sobre aquele garoto, saberia se aquilo ali era mais uma ilusão, estava ciente que a tarefa não seria fácil, vi os movimentos rápidos e certeiros do garoto, que se apresentou com Espartacus, sabia que não seria fácil chegar perto para ferir a sua pele, no momento em que enfrentou Yves, queria ajudar, porem meu corpo e minha mente ainda não estavam em sintonia, só depois que vi Yves caindo que pude reagir.
 
Coloquei-me de pé em posição de luta, acho que finalmente consegui colocar minha mente e meu corpo para trabalharem em sintonia, era a hora de lutar pra valer, lutar como meu avô havia me ensinado, agora não lutaria mais como um gladiador, lutaria como um semideus, mesmo não tendo os meus poderes.
 
-Eeeeiiiii, Espartacus! - gritei - Você acha que escolhi o caminho mais fácil, porque não vem aqui e me prova que esta certo, ou o grande Espartacus esta com medo de um adolescente insolente? - Olhei para Barath com um sorriso sarcástico, percebi que ele não gostou muito, porem foi a impressão que deu, acenei com a cabeça, como quem diz, eu aceito a sua vontade e o meu destino.
 
- O que esta esperando, venha, estou pronto para você - falei em provocação a Espartacus, de alguma forma sabia que aquele garoto seria a nossa saída daquele lugar, ainda ecoava em minha mente as palavras de Atena, "Concerte seu jeito prepotente e se tornará poderoso, seja sábio quando lutar e nunca abandone sua futura aliada, chegará uma hora que ela precisará de seu talento." acho que a hora de proteger meu aliado chegou, mesmo sem estar ainda no Olimpo minha irmã.
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Mensagem por Admin Ter 19 Abr 2016, 6:03 pm

Assim que o garoto que se intitulou Espartacos, deu um golpe na nuca do filho de Apolo que seria capaz de nocauteá-lo, ao mesmo instante seus olhos captaram o levantar daquele que ele havia torcido o pulso, sua postura era completamente descuidada, o garoto loiro olhou para ele é sorriu.

Ele o gritou, tentando chamar sua atenção, porém ele nunca havia saído de seu radar interno, ele dizia se ele tivesse escolhido o caminho mais fácil porque ele não ia provar se ele estava certo, desafiando ele a enfrenta-lo ou se estava com medo.

O garoto loiro com sua armadura que parecia uma folha de papel, caminhou para o centro da arena ficando a vista de todos, ergueu a espada para o desafiador.

― Você quer que eu prove ainda mais que estou certo? Veja para você... Esta com o pulso torcido, se conseguir segurar uma arma é muito, no campo de batalha não a homens, mulheres ou crianças quem dirá adolescentes, o que existe são apenas guerreiros, você escolheu o caminho mais fácil quando escolheu agir sozinho... Quando agir desta forma tenha a certeza de ser forte o bastante para aguentar as consequências.

A multidão gritou em delírio com tais palavras, Barath olhava e sorria o espetáculo finalmente estava atingindo o seu proposito, o ar continuava pesado com aquele cheiro que se misturava a terra e alimentos estragados. Sem entender realmente as palavras de Espartacos, o filho de Zeus o desafiou ainda mais dizendo está pronto para ele.

― Você não está, e nem estará pronto pra mim nem daqui uns cem anos, mas parabenizo por sua tentativa de me desestabilizar com suas palavras talvez funcionária se não estivesse bastante evidente quem sairá vencedor deste combate, mas se quer ser ainda mais humilhado, que assim seja.

Balançando a espada, o garoto se aproximou dele lentamente, mas neste instante o tempo pareceu parar, ou pelo menos correr mais lentamente, enquanto tudo desacelerava um portal se abriu no céu escarlate, onde de dentro caiu alguma coisa que parecia gritar, caindo no caminho que separava os dois oponentes, erguendo uma sobrancelha o garoto loiro não se surpreendeu, coisas assim acontecia todo o tempo por ai, ele apontou a espada para o intruso.

― Quem es tu? É mais um oponente que preciso vencer... Se for aguarde a sua vez.


OBS: As runas citadas por Zaidan, não serão considerada como magia, ou palavras de poder, mais apenas uma forma de inspirar ou concentrar, sem nenhum fim além de psicologico.
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Mensagem por Agatha de Bourgh Qua 20 Abr 2016, 3:36 pm

Antes mesmo de passar pelo portal, em Morphia, Lauren já pôde sentir o cheiro putrefato do lugar que a esperava, um aroma que lembrava carnificina. Ela respirou e adentrou, passando do piso sólido e seguro do castelo em Morphia para a inconstante sensação da levitação. Tal sentimento não durou muito, visto que quase instantaneamente ela via-se caindo livremente, soltando um grito instintivo. No entanto, cair de qualquer jeito certamente quebraria um ou dois ossos seus, o que levou a filha de Apolo a manter sua postura ereta e finalizar sua queda com uma ligeira rolagem, permitindo que ela pudesse se colocar em pé com mais segurança, um conhecimento básico aos guerreiros. A falta de uma armadura e o pedregulho afiado do chão fez com que, nesse ato, ela sentisse alguns arranhões em sua pele, junto do ar ácido e quente do local. Olhando para seu corpo, ela percebeu que suas vestes foram trocadas para outras menos discretas. Sua roupa de cima era apenas um bustiê de metal dourado que, na melhor das hipóteses, protegeriam suas costelas. Com o abdômen e as curvas de sua cintura visíveis, tinha na parte de baixo uma saia loincloth de couro rasgado, segurada por um cinturão metálico. Descalça, ela tinha tornozeleiras metálicas e também um adereço dourado em sua testa.
 
De pé, a morena limitou-se a analisar o lugar em que pisava: um Coliseu cheio dos gritos e urros de uma plateia monstruosa, sob o comando de um elfo apodrecido. No campo de batalha, ela estava entre o garoto loiro – que em nada tinha uma postura semelhante ao que Hypnos mostrara, mas ainda havia em seus olhos o brilho de seu pai – e Zaidan, ao mesmo passo que podia enxergar seu irmão Yves caído ao longe. Embora fossem muitas informações para se assimilar e o verdadeiro desejo de Lauren fosse abraçar seu amado pai e cuidar de seus companheiros, ela ainda tinha que limitar-se ao que Hypnos lhe ordenara: lá, ela não era nada mais do que um demônio promíscuo e guerreiro.

A fala do loiro respondeu tudo o que Lauren precisava saber – seu pai não a reconhecia como filha, algo que já esperava acontecer em meio àquele mar de confusões. Visto isso, ela analisou bem a face do garoto, que levantava uma sobrancelha, e terminou com uma risada. Logo após, pôs-se a caminhar pela arena, trocando olhares com o garoto e também com o demônio no alto, que claramente era o mandante daquele caos.

- Por Lilith, a grande mãe, eu pensei que seria melhor recebida na terra de meus companheiros de sangue. – Lauren ria com ironia, olhando para o alto, onde o demônio estava junto a outras succubus. Enquanto caminhava, ela encontrou um escudo circular de um metal avermelhado, e colocou-o em seu braço esquerdo. Logo, olhou para o garoto loiro.

A morena desembainhou sua cimitarra dourada, presente que havia ganhado de seu pai há anos, e apontou para o mesmo com ela. – Se não me conheces, é porque ainda não é chegada a hora de saber meu nome, assim como desconheço estes outros que te acompanham. É a você que essa plateia chama de Espartacus, um menino que mais se parece com um surfista delinquente? Eu te digo, se realmente fosse digno deste nome, você se lembraria antes, de quem realmente és.

As provocações por parte de Lauren tinham como intenção, além de fortalecer sua personagem, atingir o pouco da essência de Apolo que ainda poderia existir naquele menino.

- Senhor! – Ela dirigiu sua voz novamente ao líder daquele Coliseu. – Eu venho até aqui por meio de ordens maiores, então espero que não se incomode com minha presença. – E, novamente, voltou-se para Espartacus. – Minha missão é te levar daqui, e isso eu farei você querendo ou não, de um modo ou de outro.

Por meio segundo, ela sorriu para o garoto loiro, o sorriso gentil e caloroso que Apolo sempre amou admirar. Todavia, quem não conhecia aquele sorriso poderia tomá-lo como um desafio. Então, ela posicionou-se firme numa postura de combate, segurando sua cimitarra à frente do corpo. – Se me atacar, eu revidarei, mas uma coisa te digo, “Espartacus”; nem mesmo matar um exército de Python lhe livraria do peso de derramar meu sangue. Agora, miss sunshine, a escolha é sua. Eu tenho as respostas, basta saber se queres conhecê-las. – Ela falava num tom de modo que todo o Coliseu podia ouvi-la.

Se Apolo – ou Espartacus – vier atacá-la, Lauren certamente responderia aos ataques, mas de forma mais defensiva do que violenta, atacando o garoto em momentos precisos e necessários. Entretanto, seu principal objetivo era estudar o lugar e suas criaturas, procurando um modo de poder tirar seu pai de lá para fazê-lo voltar ao que era antes, e isso provavelmente só seria feito se ganhasse a moral de Barath.


Última edição por Lauren Giscard em Qua 27 Abr 2016, 1:52 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Levi Magna Dom 24 Abr 2016, 4:48 pm

Uma súbita pancada na nuca causou sua queda imediata no solo arenoso do Coliseu, promovendo batidas aceleradas de seu coração ou sentir seu corpo pesado, além da dor causada na região da sua cabeça. Sua visão começa a ficar nublada e estreita, ao tempo que tem dificuldades em garfar o ar naquele ambiente quente. O ruivo não entende essa fragilidade de seu corpo, desde o começo dessa Arena aparenta estar enfermo ou debilitado, por isso permanece nervoso com essa sua impotência, querendo achar uma solução.

Porém sua concentração sobre seu problema é quebrada quando Zaidan provoca o gladiador para uma batalha e no mesmo ato um ser rasga o céu com um grito, despencando no meio do combate entre os dois. No momento só avista um vulto sem enxergar muitos detalhes, logo forçando os orbes descobre que é uma Succubus e tal fato deixa Yves impressionado. Todavia uma sensação diferente preenche o ruivo, parecida com a de Espartacus, dando a impressão que conhecia ela, principalmente pelo jeito de agir e falar dela.

Com esforço começa a se erguer com empenho, principalmente ao perceber que ele não é o único que vai lutar contra o gladiador, quando permanece de joelho a dor na cabeça volta com intensidade e mesmo assim conserva sua posição, pois está à procura de uma espada, depois de averiguar o bastante pela arma, chega a encontrar ela. Quando toca no sabre a dor na cabeça volta de forma violenta e no instante uma lembrança antiga desperta em sua mente.

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Yves na época contem 7 anos de idade, um ano após a morte de sua mãe e pouco tempo em uma família que acabou sendo adotado por pais rígidos, onde sua moradia é uma casa luxuosa com dois andares, junto com um espaçoso e lindo jardim. Seu pai adotivo e o filho de Apolo estão juntos treinando numa batalha de espadas no quintal, embora a reação dele seja negativa quanto à maneira do jovem lutar, ao qual é negligente e desleixado.

Impressionante, é assim que se defende em uma luta? Você não dura cinco segundos em um combate.

Eu não quero lutar e muito menos ferir o senhor.

Entendo. Então é isso que vai dizer ao seu algoz? Acredita que um homicida vai se emocionar com suas palavras e compreender sua perspectiva? Que ingênuo!

Ao menos não estou lutando com um assassino.

Como pode ter tanta certeza?

Toda a conversa dita pelo seu patrono é severa e áspera, o semblante dele é gélido para com o garoto, enquanto Yves mostra um medo e preocupação em batalhar com seu pai, principalmente em acabar ferindo ou machucando ele. Só que ao contrário do ruivo, o seu pai não mostra esse tipo de temor diante dele, com intenção de fazer ele perder esse medo, mesmo que tenha que ir longe demais para conseguir esse feito. O velho avança com firmeza para cima do filho, passando pelas defesas e cometendo uma fissura no braço direito da criança, uma ferida não é tão profunda. Ele brada um pouco, colocando sua mão no ferimento e reclamando do machucado feito por seu patrono.

Arrghhh!!!

Suponho que essa é sua primeira ferida em combate. Caso sua vida não seja o suficiente para fazer você lutar a sério, então aconselho a usar o ódio como arma contra seu rival, comece a pensar que está lutando com um indivíduo que você detesta.

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Após o fim da memória a tonalidade dos orbes de Yves altera novamente para escarlate intenso, só que diferente de antes sua visão continua nesse estado e agora focando com um olhar sanguinário em cima do gladiador, como fosse um falcão fixo em sua presa, comprovando estar muito mais preciso do que antes. Com apenas a espada e escudo em porte o jovem vai na direção do seu oponente, enquanto imagina na sua mente que Espartacus é Apolo, considerando que tem um ódio enorme pelo Deus. Em passos silenciosos o ruivo tenta flanquear o loiro no momento que está ouvindo a Succubus e então pretende desferir várias investidas violenta de sua espada nele.

A intenção na verdade não é pegar de surpresa, até por que seria muito difícil tal ato, mas sim aproveitar que está em uma posição privilegiada frente ao seu inimigo. O filho de Apolo exibi um sangue frio em todos os assaltos, sendo similar a um demônio ao qual foi apelidado e usando o instinto e o escudo para se defender de um contra-ataque do gladiador. Ao tempo que expõe uma transformação desde que recebeu o golpe, sempre revelando satisfação ao ver sangue ou por causa do combate, ele dessa vez não mostra se conter.
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Mensagem por Admin Seg 25 Abr 2016, 2:29 pm


Espartacus encarou a nova peça naquela arena, ela por sua vez se colocou de pé dando uma risada descontraída enquanto caminhava de forma cautelosa pela arena, seus olhos se prendiam no do garoto loiro que mantinha sua espada em mãos, apesar da postura relaxada estava preparado para contra-atacar caso precisasse.

Ela parecia se enganar em qual lugar estava achando que seria bem recebida em uma arena de vida ou morte, seu sorriso ainda desenhava em seu rosto, por instantes desviou o olhar fixando em Barath que parecia confuso com a chegada dela, sem perder tempo ela se armou com um escudo, o jovem gladiador não se importou, um escudo não iria fazer muita diferença caso ele a atacasse.

Com os olhos sobre ela, Espartacus a viu desempenhar uma cimitarra que de alguma forma atraiu seu olhar como se conhecesse tal arma, mais este pensamento se firmou apenas por uma batida de coração desaparecendo logo em seguida, ela dizia coisas confusas e sem nexo talvez para distrai-lo, dizendo que se não sabia quem era, talvez não fosse o momento de saber o nome dela, porém ela tocou em um ponto perigoso... Seu orgulho o chamando de menino que parecia um surfista delinquente que se fosse digno se lembraria de antes quem realmente eras.

― Es tola mulher! Este é meu nome! Me chama de menino ou de surfista sei lá o que, porém por minhas mãos muitos caíram, se acha que este não é meu nome diga-me qual seria? Entretanto para mim o antes não existe apenas o aqui e agora!― Apontou a espada diante dela.

O garoto que havia torcido o braço não havia saído do campo de visão, com um olhar lateral ele viu que o impacto da nova oponente o arremessou contra a parede de pedras do coliseu o deixando desacordado, sua atenção se voltou para ela quando ela falou direto com Barath, suas palavras o atingiram fazendo seu rosto ficar perdido e vazio apenas por um segundo antes de sorrir. Fazendo um gesto com a mão como quem diz não ter problema algum é para prosseguir.

A mulher se dirigiu ao gladiador dizendo que sua missão era leva-lo ele querendo ou não, aquilo soou tão ridículo que fez o garoto gargalhar diante ela.

― Mulher! Tu me diverte, mas se acha que pode me forçar alguma coisa tente, porém morrerá aqui sem que eu saiba seu nome, uma pena isso, mas se assim o quer, assim será!

A mulher era ardilosa seu sorriso era provocativo, até mesmo insinuativo que oscilava entre gentileza e provocação, ela disse que se o garoto loiro atacasse ela revidaria, tentando dar motivos para ele não matá-la, dizendo possuir respostas que ele precisaria apenas querer conhece-las para tê-las.

Mesmo que segurasse uma arma é um escudo, ela era visivelmente mais fraca que ele como esperava vencê-lo quem dirá força-lo alguma coisa, mesmo suas feições parecendo das acompanhantes de Barath ela ainda parecia mais inofensiva, porém as aparências enganavam
Aceitando o desafio dela, Espartacus aguardou o movimento ofensivo dela que não veio, ele não esperaria mais, usando sua espada estocou o escudo para fazer com que ela se movesse, em seguida girou o corpo com o chute armado em uma volta completa colidindo contra a proteção da mão dela, neste mesmo instante sentiu uma presença com intenção agressiva se aproximar quase como se fosse um instinto animal, algo que guerreiros habilidosos e experientes possuem, quase como um sexto sentido, ele o viu, se afastando da mulher saltou para trás ficando de frente para os dois.

Mais aquele diante dele não parecia o mesmo a quem derrubara com um golpe na nuca seus olhos estavam com uma coloração diferente como se brilhassem, aquilo não parecia algo normal, porém o que era normal em lutar contra demônios? Espartacus sorriu para ele.

― Vejo que tem alguns truques na manga, o que pretende fazer, me atacar? Se unirem... Apesar de ser cada um por sí, se desejarem podem fazer não mudará o resultado, um de vocês esta desmaiado ou talvez até morto, juntos talvez tenham uma chance.



Obs: *Os personagens do Zaidan e Yves continuam com sua aparência humana, apenas os nomes são presentados por demônios como alcunha.
*Apenas Lauren esta com aparência transformada a todos, o que significa que ela parece uma Succubos para todos.
*Lauren, acessar o tópico do “Bestiário” para ver a descrição da Succubos, assim que o fizer editar a parte da descrição dela, pois não bateria com a deixada no Bestiário.
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Mensagem por Agatha de Bourgh Qua 27 Abr 2016, 3:43 pm

Um sorriso quase carinhoso se desenhou no rosto de Lauren ao ver a prepotência de caráter do garoto à sua frente. Com o sorriso de Barath, ela tomou sua permissão de ficar naquela arena, logo voltando a olhar para Espartacus, dessa vez, com um olhar mais que desafiador, talvez um tanto feiticeiro. A garota apertou o punho de sua cimitarra, trazendo o escudo para perto de seu corpo. A investida de Apolo viria logo. Com uma voz ora atraente, ora ríspida, ela quase sussurrou:

- Dono de um grande e prepotente orgulho, como sempre... Me chame de Alouqua e eu ficaria honrada, pequeno garoto.

Como esperado, Espartacus aproveitou a falta de investida de Lauren e partiu para ataque, com um golpe que atingiu o escudo, fazendo com que a moça desse alguns passos para trás. A curta distância permitiu que Lauren se protegesse novamente com o escudo do chute que o garoto desferira, mas antes que ele se afastasse, ela golpeou-lhe com o fio longo da cimitarra, dando um giro com a arma e estocando novamente.

Percebendo que o oponente se afastara, também ela pulou para trás, conferindo uma distância considerável, ao mesmo passo que sua postura curva lhe preparava para qualquer outra investida. Viu seu irmão se aproximar dos dois com as famigeradas órbitas avermelhadas, e ela sabia a consequência do que se seguiria. Novamente ouviu o deboche de Espartacus, e dirigiu-se a Yves.

Ela não usava palavras desnecessárias, pois sabia que elas não controlariam o estado de seu irmão. Ao mesmo passo, não poderia chamar Espartacus de mais nada que o ligaria ao deus do Sol, para evitar maiores problemas. Apenas seu olhar o chamava para uma parceria, o olhar sério mas gentil da irmã que sempre procurou cuidar de seu irmão.

- És tu Agares, o gladiador.. - Ela assimilara aos nomes que a plateia gritava. - Jure a teu nome e me acompanhe a digladiar. Minha luta não é contigo.

Assim, ela caminhava com cautela para perto do menino loiro. Lutar contra seu pai ou perceber que seu pai estava pronto para matá-la caso Lauren deslizasse, ela não saberia dizer qual sentimento era pior. Seu olhar calculava com meticulosidade cada movimento, cada olhar e centímetro do deus que agora era um gladiador.

Ela girava a cimitarra dourada como uma dança, da maneira elegante que aquela arma ímpar merecia e exigia ser usada. Por ser seu pai, ela nunca se preocupara em conhecer o calcanhar de Aquiles que existia em Apolo, mas agora era necessário o conhecimento.

Ao mesmo passo em que sua coreografia atraía - e muito devido ao corpo escultural que mostrava-se descoberto -, ela aproveita um assalto sorrateiro, desferindo cortes longitudinais com a cimitarra, levando o escudo à frente quando necessário. Com a principal intenção de cansar o adversário, ela usava o fio longo da espada; a familiaridade que tinha com a arma impedia a morena da exaustão, e tudo para ela servia de análise: um único descuido de Espartacus serviria de oportunidade para a succubus utilizar o gume convexo e ardente da espada.
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*último post editado para que a aparência de Lauren enquanto succubus se ajuste ao estabelecido.
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Mensagem por Levi Magna Sex 29 Abr 2016, 5:07 pm

Em um breve momento até passa uma sensação que o filho de Apolo está transmitindo um frio naquela ambiente muito quente. As pessoas em volta ou até mesmo a torcida, que for olhar o jovem vão constatar um ar gélido profundo de congelar, junto com uma escuridão exorbitante que transmite um pavor instintivo e primordial.

Seu semblante é indiferente e inexpressivo, mesmo que usualmente tem um pouco desse jeito na sua rotina, Yves transmitia alguma bondade ou pelo menos humanidade. Agora só possui uma crueldade frigida e um ódio que não transparece em sua face, como se essa dualidade fosse controlada por ele.

Por um certo tempo o ruivo permanece quieto e imóvel, com intensão de manifestar uma inquietação ou ansiedade ao gladiador, apenas analisando seus atributos, como também a armadura dele e ao tempo que se concentra um combate em sua mente, imaginando alguns tipos de golpes.

Porém presta atenção nos dizeres da Succubus sem olhar em nenhum momento para ela. O único fato estranho é ela saber da alcunha que foi dito para ele como demônio, de resto ele não pretendia entrar na lábia de Espartacus, vai lutar por si próprio, sem se importar em ferir qualquer ser na sua frente.

Sua presença apenas me incomoda, por isso... não seja inconveniente, senão quiser ser morta.

Em toda sua declaração o ruivo sequer ousou desviar um olhar para ela, fixando seus orbes impiedosos para o Espartacus. Sua frase é desumano diante a Succubus, salientando que menospreza a sua aparição, pois de alguma maneira ela está interferindo tanto na luta como também no interior do Filho de Apolo.

Em seguida examina a tentativa de avanço dela, até nesse instante o jovem permanece quieto, só analisando esse combate entre os dois e mesmo estando longe dessa batalha, ele possui os olhos rubros que tem a capacidade de enxergar a grandes distâncias. Sendo capaz de ver cada nuance da luta, enquanto ele se desloca pacientemente a cada passo pequeno e devagar dado.

Essa paciência em avançar gradualmente pode causar alguma agonia ao gladiador, já que a cada passo ele parecia calcular a distância exata para atacar. Além de ir lentamente, o ruivo faz sua espada ir raspando no solo, com intenção de as vezes ela arranhar algumas armas ou armaduras, causando um som desagradável até para a torcida ou para o duelo.

Yves cessa sua caminhada antes de se aproximar muito, deixando uma lacuna entre o combate, com intenção de aproveitar um movimento exato para avançar em cima de Espartacus em uma série de combos com a espada, principalmente quando sua guarda ficar aberta. Seu semblante revela estar controlado, porém seus orbes contém um ódio intenso e vai usar ele para atingir sem compaixão o adversário.
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Mensagem por Admin Seg 02 maio 2016, 10:36 am

Espartacus ouviu o nome da succubus, olhou para os dois enquanto ela falava com o outro oponente, querendo que os dois batalhassem junto, era isso mesmo que o jovem loiro queria assim teria mais emoção.

Lentamente ela tentava se aproximar, os olhos deles a rastreava com muita facilidade sem se mover ele aguardava o que viria a seguir, o garoto ruivo por sua vez menospreza as palavras dela, pedindo para não ser inconveniente, se não ele a mataria, aquilo divertiu Espartacus.

― Dou a chance de se unirem, para me enfrentar é brigam?

Os olhos do filho de Apolo não perdia nenhum movimento do garoto loiro, que vê a succubus girar a cimitarra achando que investiria de imediato contra ele, porém não o fez se aquilo fosse para impressionar não foi algo que chamasse sua atenção, mesmo com suas roupas curtas.

Instantes depois ela ataca com golpes longos com sua arma tentando medir o espaço é o quanto de tempo levaria para se aproximar dele, um sorriu se desenhou nos lábios do gladiador, para uma succubus ela parecia ter algum conhecimento em luta mesmo que pouco, porém um ataque que não acerta de nada adianta, gastar energia era uma ação perigosa que ela logo se arrependeria.

O outro apenas observava sem se preocupar se ela teria êxito ou não ele parecia analisar o confronto, como se pudesse tirar alguma coisa daquilo, mais a experiência que o mesmo possuía era algo natural ao seu corpo, atacar, defender, esquivar, nada era um esforço que exigisse muita atenção, apesar disso seus sentidos o alertava da aproximação lenta do filho de Apolo.

O som que o mesmo causa a colidir com sua espada contra o solo além de levantar poeira, causa agonia aos ouvidos ao encontrar metais de outras armas, desconcentrando por um momento Espartacus, que acaba por ser atingindo de leve por uma estocada da armada da succubus.

Ele recua cambaleante enquanto a plateia vaia, o gladiador se recupera e olha para os dois oponentes erguendo a espada para eles.

― Foi um bom movimento de vocês se foi combinado ou não, porem se não me atacarem juntos não venceram, vocês tem cinco segundos para se decidirem, após isso irei com tudo, mas não garanto que saíram bem disso...
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Mensagem por Agatha de Bourgh Sex 13 maio 2016, 6:36 pm

Ter conseguido êxito ao estocar seu pai foi mais do que o esperado, Lauren poderia afirmar. Com sorte a tática de Yves, mesmo sem ter a intenção, acabou ajudando-a no golpe. À medida que Apolo cambaleou para trás, a filha do deus aproveitou para recuar e ganhar mais espaço.
No entanto, um reles corte não daria fim àquela luta tão cedo, e tempo não parecia ser algo de que a bela “succubus” dispunha de muito no momento. Enquanto o garoto loiro lançava palavras ao ar com uma soberba inigualável – às quais Lauren pouco prestara atenção -, a morena olhou para a plateia vaiando o que acontecera, e isso fê-la sorrir ironicamente aos irmãos demônios.

O sentimento que pairava no interior de Lauren poderia descrever-se como a epítome de tudo o que havia passado no decorrer daquele dia, no mais obscuro dos sentidos. Ela sabia que, naquele momento, inúmeros irmãos e irmãs pelos quais ela nutria grande carinho estavam tendo suas vidas arrancadas por uma guerra que não pertencia a eles. Lembrava também, com a mais amarga das dores, de seu melhor amigo – o grifo dourado – rugindo de dor ao sentir a morte chegando, e tudo aquilo reverberava  como uma raiva que a fazia queimar; ela só queria sair de lá e desfazer todo aquele caos que rondava a todos. E para isso, ela precisava terminar o que havia começado.
Contendo uma lágrima de luto, a moça recompôs-se com um olhar tanto quanto oblíquo e malicioso, passando a caminhar na direção de Yves.

- Irmãos!! Contemplem a fracassada peça que seu Lorde jogou na Arena! – Ela chamava a atenção da plateia, apontando para o gladiador ruivo. - Agares, Agares... que decadência para um nome tão poderoso! – Seu sorriso sarcástico era evidente. Ao chegar lado a lado com o ruivo, puxou o rosto do garoto para mais perto com uma de suas mãos, apertando as unhas afiadas em sua face. – Sendo usado por um garotinho atormentado pelo seu passado que nunca teve êxito com sua “vingancinha”. Não é à toa que sempre sofreu, sendo o menininho fraco e incompetente que você é.

Ora, pois era ela agora um demônio, uma succubus, senhora da tormenta. E como Alouqua que exauria suas vítimas ao limite, ela pretendia retirar e inflamar em Yves toda a raiva para que descontasse em quem estivesse à sua frente. Antes de qualquer resposta à provocação, Lauren soltou-o e rapidamente voltou a caminhar para trás.

- Se quiser me matar, faça-o depois de derrubar Espartacus... Por uma vez na vida, tente não apanhar de quem é mais forte que tu és. – Com a voz sussurrante e provocadora, Lauren caminhava com os olhos fixos no irmão, mas ainda muito atentos em Apolo. - Colabore para derrotar esse loiro metido e talvez seu destino seja melhor do que o presente... onde és apenas um moleque sem honra.


Então, ela virou-se para Barath, e como numa dança, curvou-se com os braços abertos, numa reverência sorridente ao líder daquela bagunça. Fazendo isso, a morena largou o escudo e mais uma vez se aproximou lentamente de Espartacus, praticamente desfilando para a plateia.

- Que me diz, Agares? Vai derrubar essa criança comigo? – Fitando os olhos do menino que era seu pai, ela firmou o pulso de sua cimitarra, e sorriu. – Aceita ter, finalmente, uma vitória... irmãozinho?

A última palavra saiu como um murmúrio que apenas os que estavam muito próximos poderiam compreender. Com um Yves mais afetado por sua mania de se exaltar em batalhas, isso poderia talvez preencher a lacuna de força no momento.

Não importava como, Lauren precisava que aquilo acabasse. Um fim a tudo que feria seus irmãos, um fim ao que tirou de si seu mais confidente parceiro em batalha. Tudo aquilo estava começando a enraivecer a moça e fazê-la perder a tolerância admirável, e ela teria que almejar o final sem ligar para os meios, mesmo que aquilo pudesse machucar profundamente seu irmão. Lauren estaria lá para ele depois.
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Mensagem por Levi Magna Sex 20 maio 2016, 7:29 pm

Nunca houve um plano para ajudar a Succubus em sua investida contra o gladiador, na verdade seu objetivo era afetar os dois com o som e nesse ato um deles teria a chance de morrer. Uma pena que nada sério aconteceu a nenhum dos dois, porém acabou ferindo um pouco o moleque convencido e essa ação fez desatar um pequeno sorriso cabuloso no seu semblante gélido.

A insistência de Espartacus em ver os dois trabalhando juntos é estranha e irritante, todavia esse tipo de provocação não afeta o ruivo que permanece quieto e isolado entre eles e o objetivo é ignorar o loiro convencido, apenas demonstrando estar à frente de seu falatório inútil.

Yves se concentra novamente no loiro de forma intensa, bolando um plano enquanto fixa seus olhos em cima dele, contudo por um tempo desconsiderou a presença da fêmea no campo de batalha. Mesmo quando ela bradava para a plateia ou quando ditou o seu nome demoníaco de maneira desonrosa, nada disso chamou a atenção do filho de Apolo, esse tipo de provocação barata não conseguia atingir o jovem que continua concentrado. Nada revela ser possível remover a atenção de Yves diante seu adversário, com olhos como gavião na sua presa, até sentir a aproximação abusiva da mulher em seu espaço e ser acometido de maneira desprevenido por ela.

Não foi preciso o ruivo realizar uma atuação quanto a aproximação da Succubus frente a frente, o semblante e os orbes rubros já transmite uma sensação avassaladora de melancolia e crueldade que chega a afetar ainda mais ela, como se sua alma fosse inundada com esses sentimentos e sentir seu espírito ser invadido pelo filho de Apolo.

A expressão do jovem é indiferente quanto essa opção em provocar ele, ainda que seus olhos escarlates aparentam ser muito fascinante e apreciável, as vezes até provocando à vontade em observar por mais tempo aquela tonalidade. Quando as garras dela percorreram sua pele com certa brutalidade, uma quantidade pequena de filetes de sangue percorreu seu rosto, entretanto na sua face nenhuma dor é constatada, pois o sofrimento já faz parte de seu cerni.

Por um breve instante sua visão alterou para o verde e sua feição converteu em um tom de preocupação. Naquele instante foi capaz de identificar quem é a Succubus, sem precisar do irmãozinho no final, só precisou ver seus olhos e lembrar das suas falas e comportamento. Yves não entendeu essa mudança nela, tanto no físico e psicológico.

"Lauren"...

Na sua boca nenhuma palavra foi desferida dela, apenas os lábios gesticularam, sem proferir nenhum som. Agora confuso o ruivo coloca as mãos na cabeça e imediatamente a coloração dos orbes volta novamente a rubro. Junto com a visão, um sorriso amplo surgiu diante daquele enigma, quase tudo parecia se encaixar, mesmo com algumas peças soltas.

O jovem apresenta cada vez mais um distúrbio irreal diante aquela arena, semelhante a um louco ou alguém com problema, talvez esse seja o motivo de seu isolamento ou passividade, mesmo tendo outros fundamentos. É a primeira vez que a Lauren repara em um Yves perturbado dessa maneira, já que em batalhas ele permanecia de um jeito pouco parecido.

Mas o que sua irmã ou até muitos não sabiam é que ele sofre de Transtorno Bipolar, muitas vezes ele expôs mudanças extensas de humor diante de grandes situações. Assim de modo furtivo foi aproximando devagar da Succubus sem quase fazer barulho, considerando que tem o barulho da plateia que abafa seu ruído. O ruivo tenta puxar brutalmente o cabelo de sua irmã para si, com a intenção de deixar ela indefesa com a dor. Essa ação fez ela encostar no Yves, enquanto ele coloca sua lamina rente ao pescoço dela e com o outro braço que estava no cabelo, vai para a barriga dela, segurando firme e violentamente.

Eu tenho uma ideia melhor para você irmãzinha, que é usar tu como um escudo. Só espero que não reaja ou posso acidentalmente cortar uma artéria importante no seu pescoço. É interessante você me julgar Lauren, depois daquela loucura em colocar uma tenda no meio da guerra, devo admitir foi uma jogada de gênio.

O Yves expressa uma risada e sarcasmo na última frase, exibindo uma desumanidade diante da única pessoa que teve um laço no acampamento. Até resistindo de rir muito para não ter um acidente ou dar espaço para sua refém, principalmente por que o jovem nem queria causar dano a ela e sim fazer o Apolo ver o sangue de sua própria prole. No instante que descobriu a Lauren e ela confirmou sua suspeita, o ruivo decifrou o sentimento que experimentou tanto da Succubus como de Espartacus, os dois são muito similares, uma sensação de família. O gladiador era uma nostalgia muito antiga, ao qual ele conseguiu descrever melhor o sentimento com o tempo e quando começou a permanecer nesse estado frio e refletivo.

Tinha a impressão que conhecia aquele ser desde criança, como também considerava um herói, por isso teve consideração quando o viu pela primeira vez, senão o atacaria como fosse qualquer um e Yves muito menos teria se mantido na defesa. Outras peças como o tratamento da mana diante dele direcionaram pistas conclusivas, ela demonstrou muito respeito pelo loiro, até quase idêntico do filho de Apolo, junto com algumas condutas e palavras dela direcionada a Espartacus, muito foi esclarecido em todas esses fatos durante aquela arena, menos a questão dela ser um demônio e o Deus um simples gladiador. O ruivo só não avançou com ódio nos seus olhos por que tinha a filha de Apolo em suas mãos, na intenção de ferir psicologicamente e fisicamente aquele que odeia.

Agora Espartacus nós estamos trabalhando juntos, como você queria. Quero muito ver você tirar o sangue dessa Succubus em especial.

A estratégia é sempre colocar a Lauren na sua frente, independente onde o inimigo pretende ir ou driblar, seus olhos vermelhos o segue para cada canto. Caso o Espartacus fazer uma investida, o Yves vai sempre tentar desviar junto com a Lauren ou não deixar o loiro atingir pontos vitais e importante da sua refém. A intenção no final é mostrar um pouco da dor e o ódio que o jovem sente de Apolo e não matar ela.  Além do que vai usar contra-ataques nas investidas do gladiador, para poder ferir gravemente ele.

Obs: Caso a ação do Yves em sequestrar a Lauren não dê certo, ele vai do mesmo jeito descobrir Apolo e querer ver ele machucar sua própria filha ou até mesmo ajudar ele. Já que a ação do Yves não é garantida.
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Mensagem por Admin Seg 23 maio 2016, 1:05 pm

Apesar da estocada ter parecido acertar o jovem loiro, tudo era apenas uma encenação, uma vez que o golpe apenas acertara sua armadura, recomposto é apontando a arma, diante aos dois oponentes Espartacos  observava o quão  tola era a succubus, por voltar sua atenção a plateia enquanto estava em um confronto mortal.

Mesmo que entender o que ela queria era um mistério ao ofender o filho de Apolo, seu sorriso se alargava, o que mostrava ainda mais prazer em manchar os ideais daquele guerreiro, isso inflamou no gladiador como se tais ofensas fossem diretamente sobre ele.

Ela por sua vez se virou para Barath como se tivesse provocando a todos, achando ser imbatível, mais o único ali que tinha tal titulo era Espartacos, ela largou o escudo é se aproximando do gladiador, enquanto falava para o filho de Apolo derrubar aquela criança, a fúria aumentava em seu interior, agora não era mais divertimento o que ele sentia.

Enquanto a atenção era voltada para a succubus o jovem parecia ter sua luta pessoal e interna, finalizada quando o mesmo revelou seu sorriso, o jovem loiro estava pronto para o ataque direto, enquanto o ruivo se aproximava para o lado da succubus, para a surpresa de todos, ele puxou com força as madeixas dela, travando em uma posição que a impedia de reagir enquanto seus corpos se uniam, pousando a lamina no pescoço dela.

Ele falou para ela que a usaria de escudo, enquanto recitava coisas desconexas, enquanto um sorriso ainda mais sombrio se formava na face do jovem, como se estivesse sendo possuído, se virou para Espartacos dizendo que estavam trabalhando junto como ele havia pedido é que queria o ver tirar o sangue daquela Succubus.

― Es um tolo se acha que me importarei com uma mera criatura, já matei milhares delas assim como outros de você, não  a redenção a covardes, afinal fez a mesma ação que aquele outro ali!― Apontou para o filho de Zeus ainda inconsciente no canto da arena, sem saber se estava vivo ou morto.

Retornando sua atenção para os dois Espartacos respirou fundo, acalmando seu interior e afiando seus instintos, seu olhar mudou assim como sua postura, ela era firme e sem aberturas, com um olhar felino e perspicaz.

Sem hesitação ele avançou contra os dois sem se preocupar com o que viria a seguir, com um movimento rápido, lançou a espada na direção da cabeça do filho de Apolo, enquanto corria na mesma direção, com um soco no estômago da succubus a deixou cair, enquanto o ruivo se desviava da espada enquanto soltava a succubus.

A espada cravou na parede do coliseu, o gladiador prevendo o que ocorreria, continuou correndo ate a parede, arrancando a espadada, e voltando sua atenção para  o filho de Apolo, sem cessar seu movimento ele passou a espada no lado direito do braço dele o fazendo largar a espada é verter sangue.

Caminhando lentamente, ele voltou sua atenção para a succubus, que estava caída com o pé a virou de bruços.

― Vocês são patéticos, os dois... Não são guerreiros, são apenas aproveitadores, é para os aproveitadores apenas a morte os espera.

Mirando o peito as Succubus, Espartacos, desceu a lamina sem sequer olhara para sua face encarando o jovem ruivo, porém antes que a espada de Espartacos acertasse o peito da Succubus o tempo parou, todos estavam imóveis, o silencio reinou, apenas os três se moviam, o golpe cessou.

― Detenha sua espada. Filho do raio, pois tu es um de nós e será apenas por nós que voltará a brilhar...

Assim que as palavras se calaram o corpo do gladiador, começou a desaparecer, explodindo em luz, os dois ofuscados pelo brilho são cegados momentaneamente, ao notarem estar no palácio de Hypnos, onde a magia que cobria a filha de Apolo se desfez revelando sua verdadeira forma.

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